sexta-feira, 29 de outubro de 2010

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA ESCOLA: Teoria e Prática José Carlos Libâneo

Identidade Profissional:

O professor deve ter em seu entendimento pessoal, sócio-cultural, o significado de sua profissão e valor social de suas práticas pedagógicas. Perceber que, as questões da realidade são e estão relacionadas com o conteúdo de trabalho, bem como necessidades, identidade, história e cultura do grupo a qual ele pertence. Trazer aos espaços educativos novas oportunidades de aprendizagem que o levem ao seu desenvolvimento pessoal, fazendo uso em suas atividades docentes, é dar significado social a sua profissão.




Além disso, o professor deve desenvolver ao longo de seu trabalho novos conhecimentos, bem como habilidades e competências que orientem seu trabalho. Saber lidar com situações-problema encontradas no cotidiano escolar; Buscar e fazer conexões com a realidade, em todos os espaços que se fizerem necessários. Sendo esta, especialmente, uma das linhas de trabalho do professor, além de guiar suas práticas, eleva para um fazer pedagógico mais consistente, ao qual, de fato, faça a diferença.
Sempre estar em busca de novos conhecimentos, preocupar-se em trabalhar a partir dos assuntos cotidianos e suscitar reflexões críticas de seus alunos, estar com o outro e para o outro, são características fundamentais para ser professor. Este comprometimento sócio-histórico-cultural é que faz o professor construir sua identidade, trabalhar com ética e respeito ao outro, com o intuito de melhorar as relações e condições sociais em que vivemos.


Formação Continuada:

A formação continuada aparece como um caminho para os educadores teorizarem sua prática, não sendo esta sua única finalidade. A capacitação profissional possibilita ao docente perceber a importância da reflexão sobre seu fazer pedagógico, o que muitas vezes não é possível devido à falta de tempo.
Para qualificar o trabalho, para promover mudanças positivas às dificuldades de aprendizagem, ou para melhorar as condições de remuneração a formação continuada visa o desenvolvimento pessoal e profissional do professor. Possibilita também a conscientização sobre a sua prática cotidiana, a partir de estudos teóricos. “A realidade muda e o saber que construímos sobre ela precisa ser revisto e ampliado sempre” (Christov, 1998).


Outra questão importante é a autonomia profissional. O professor que busca qualificação torna-se pesquisador, investigador, crítico-reflexivo e seguro para pensar e enriquecer suas práticas, contemplando sua equipe de trabalho seja ela docente ou discente.




O professor precisa entender que com sua profissionalização ele estará percorrendo amplos espaços educativos, seja como professor ou como gestor pedagógico. A sala de aula não será mais seu único local de trabalho, como também terá participação grupal nas tomadas de decisões, seja na construção do Projeto Político Pedagógico ou nas Propostas Curriculares, atuando como intelectual crítico no seu local de trabalho. Estará preparado teoricamente para contextualizar suas aulas e promover a transformação social, analisando os problemas vigentes e discutindo soluções favoráveis para estas mudanças. Este professor que se enxerga como profissional da educação, comprometido com o social, com o outro e para o outro, que busca aprimorar seu trabalho, transforma sua prática em conteúdo de reflexão, ampliando sua consciência pessoal e profissional é o profissional que queremos e que precisamos encontrar e apresentar a sociedade.

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